Curso de Sistemas de Informação Geográfica do Laboratório de Humanidades Digitais reúne alunos de diferentes áreas do conhecimento na PUC-Rio

Professor Rafael Nunes, do Departamento de Geografia e Meio Ambiente


O curso “Sistemas de Informação Geográfica” (SIG), oferecido pelo Laboratório de Humanidades Digitais da PUC-Rio (LabHD PUC-Rio), reuniu 13 alunos de diversas áreas no campus Gávea. A atividade foi ministrada pelo professor Rafael Nunes, do Departamento de Geografia e Meio Ambiente e fez parte do ciclo de atividades de 2023 do LabHD PUC-Rio, ambiente apoiado pelo projeto Faperj Ecossistema de Formação e Inovação para a Sociedade Digital Inclusiva e Sustentável. 

Por meio do SIG, é possível analisar e visualizar dados espaciais para contar histórias complexas por meio de mapas, camadas, anotações e análises qualitativas e quantitativas. “Esse curso se dá fundamentalmente pela nossa relação com espaço e com a espacialização de fenômenos múltiplos. Por trabalhar com um conjunto de ferramentas e com tecnologia, o curso permite que diferentes fenômenos de ordem física, biótica e socioeconômica sejam representados no espaço”, explica Nunes.

Segundo a coordenadora acadêmica do LabHD, Luisa Lobato, o objetivo dos cursos oferecidos pelo laboratório é apoiar projetos transdisciplinares e promover uma capacitação de via dupla, incentivando pesquisadores das humanidades a se familiarizarem com técnicas e ferramentas de pesquisa digital e estimulando reflexões críticas sobre seu uso.

Com todas as vagas preenchidas, a turma contou com alunos de diversas áreas, como biologia, história, educação, teologia, relações internacionais e engenharia. Para o professor, que teve o primeiro contato com a tecnologia há mais de dez anos quando pediu uma pizza, o curso abre portas. “Com Sistemas de Informações Geográficas, conseguimos desde vender pizza até pensar gestão espacial e políticas públicas aplicadas. É uma oportunidade muito grande para diferentes áreas mergulharem e abraçarem a tecnologia dentro dessa dimensão espacial de produzir conhecimento”.

O curso possibilitou que os alunos conhecessem a ferramenta e a teoria por trás do SIG. Nunes ressalta que, além da constante atualização das tecnologias, trabalhar com mapeamento implica responsabilidade. O geógrafo exemplifica o trabalho realizado para mapear áreas de riscos nas cidades e periferias como de grande seriedade. “Quem espacializa fenômenos assume uma responsabilidade muito grande: trabalhamos com precisão”. 

Raquel Conceição, aluna de mestrado no Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, já participou de outros cursos oferecidos pelo LabHD PUC-Rio. Para ela, as aulas de SIG foram essenciais para ter um contato inicial com a ferramenta e entender como aplicá-la para pensar em mapas reais, não só projeções representativas. “Eu aprendi mais do que esperava. Estava na expectativa de apenas aprender a mexer na ferramenta, mas o professor também trouxe muitos pontos de abordagem crítica para pensar a produção de mapas como escolha politica”.

A mestranda destaca também a aproximação possibilitada pelo formato presencial do curso. “Gostei muito que o professor tentou nos conhecer nesses dias. Ele conseguiu conectar assuntos que cada aluno tem interesse. Essa abordagem foi bem legal e tornou a experiência um pouco mais personalizada”, considera.

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