Colóquio do Projeto Faperj enfatiza tradição da PUC-Rio em inovar

O Colóquio Anual do Projeto Faperj de Inovação já é um marco na linha histórica de investimentos da PUC-Rio em projetos criativos. Essa foi a conclusão de Sidnei Paciornik, decano do CTC (Centro Técnico e Científico) e professor do Departamento de Engenharia Química e de Materiais, que fez a abertura do encontro, na Sala do Decanato do CTC, no último dia 31 de março.

“A PUC-Rio tem história de inovação de longa data. Um dos grandes pontos dessa trajetória foi a criação do Instituto Gênesis, há 25 anos”, disse Sidnei. O professor enfatizou a iniciativa da Universidade que, já em 1997, criou um centro para o apoio ao desenvolvimento de projetos inovadores de seus alunos, também naquela época com a participação da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro).

A mesma Faperj que há um ano é a incentivadora do novo projeto de inovação da PUC-Rio, o Ecossistema de Formação e Inovação para a Sociedade Digital, Inclusiva e Sustentável. Sidnei destacou algumas das iniciativas dessa nova parceria, entre elas o InovaFab, laboratório interdisciplinar de inovação voltado a alunos de graduação, e o DHLab, Laboratório de Humanidades Digitais, criado pelo Centro de Ciências Sociais e Centro de Teologia e Ciências Humanas. 

Sidnei Paciornik, fala ao lado da maquete do InovaFab

Dentro das iniciativas do Ecossistema, Sidnei também enfatizou a importância dos dois Editais já lançados para seleção de projetos interdisciplinares, propostos por grupos de alunos de pelo menos dois Centros diferentes da PUC-Rio. Esse é o projeto InterCriar, que convida alunos de graduação a apresentarem ideias inovadoras para solução de problemas da sociedade, de pessoas ou de empresas.

Sobre o InterCriar, o professor Claudio Magalhães, ex-diretor do Departamento de Artes e Design e membro do Comitê Gestor do Edital do Ecossistema, destacou que o próprio ambiente de convivência universitária propiciado pelo campus da PUC-Rio é um fator que estimula o surgimento de ideias inovadoras. Ele apontou que “a participação do Instituto Gênesis no projeto incentiva a inovação descentralizada, propiciando as condições para que as propostas dos alunos possam passar pelos estágios micro, meso e macro”.

As observações de Claudio Magalhães foram aprofundadas durante a apresentação feita pelo novo diretor do Instituto Gênesis, Leonardo Gomes, e pela gerente de projetos, Lara Frigotto. Eles mostraram que nos 25 anos da incubadora de empresas mais de 145 negócios foram gerados, com taxa de sobrevivência de 85% e faturamento superior a R$ 3,5 bilhões.

Lara Frigotto mostrou como é o trabalho do Gênesis

Lara destacou que no InterCriar, com o apoio do Instituto Gênesis, são aceitas propostas que tragam ideias para o desenvolvimento de um produto, aplicativo, serviço ou processo, com prazo de desenvolvimento de até 3 meses, o que é o estágio micro. Os grupos selecionados nesta etapa serão convidados para desenvolver um plano de negócios, com o apoio do Laboratório Gênesis de Empreendedorismo, em até 2 meses, no estágio meso. Ao final, o programa de desenvolvimento do Instituto Gênesis disponibilizará até 6 vagas gratuitas para incubação de 6 meses, quando os projetos poderão se tornar startups e entrar no estágio macro.

Luisa Lobato fez apresentação sobre o DHLab

No Colóquio, a professora Luisa Lobato, Coordenadora Acadêmica do DHLab, mostrou que esse laboratório tem o objetivo de oferecer uma plataforma de apoio a pesquisas transdisciplinares que envolvam tecnologias digitais, nas áreas de ciências sociais e humanas. Ela fez uma apresentação sobre a série de 5 cursos e 3 oficinas técnicas de capacitação, programados para os meses de maio e junho, no novo espaço. 

O evento também foi oportunidade para a apresentação do projeto do InovaFab, que é o futuro laboratório em que alunos da PUC-Rio poderão desenvolver ideias inovadoras e alguns dos projetos aprovados pelo Edital do InterCriar. Quem falou sobre o novo espaço, já em obras, foi a arquiteta Verônica Natividade, professora de mídias digitais do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio.

Ela mostrou como será o laboratório de 416 m², no Pilotis do Leme, que está sintonizado com o conceito de aprendizado por meio da interdisciplinaridade e cooperação. Segundo Verônica, a inspiração do InovaFab é a rede mundial de fabricação digital chamada Fab Lab, criada no MIT com o princípio “um lugar para se fazer quase qualquer coisa”. 

Verônica Natividade falou sobre o projeto do InovaFab

O mote desse laboratório, segundo Verônica, é ser um espaço onde os alunos da PUC-Rio encontrem ferramentas para criar, testar e materializar ideias e projetos em conjunto. O laboratório também acomodará pequenos eventos e apresentações, além de um café e muita área de trabalho para os alunos. 

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